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Sites e blogs

In design on 28/05/2012 by Bruno de Souza Leão

Quer entender como e por que melhorar o design de uma peça gráfica? Ou a melhor forma de enviar um arquivo para impressão? O que é RGB, CMKY, resolução e outros mistérios dos processos de impressão? Ou simplesmente está procurando por inspiração? Não tem problemas, vamos ajudar você. Reunimos aqui alguns sites e blogs em português que trazem dicas sobre esses e outros assuntos:

http://design.blog.br/

http://chocoladesign.com/

http://www.ideafixa.com

http://blog.capista.com.br/

http://www.brainstorm9.com.br/

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Softwares livres para design gráfico

In design, Softwares on 20/04/2011 by Bruno de Souza Leão Marcado: , , , , , ,

Vou falar um pouco sobre três programas gráficos interessantes e poderosos e que, ainda por cima, não pesam nada no bolso:
Inkscape é um programa de ilustração vetorial, similar ao CorelDraw e o Adobe Illustrator. Apesar de bastante poderoso, é um programa leve, que exige pouco do computador e seu aprendizado não é difícil.

Scribus é um programa de editoração, como o Adobe InDesign e o PageMaker. Perfeito para diagramar jornais, revistas, livros e apostilas, mas também pode ser usado para criação de cartazes, folders e outros impressos menores.

GIMP é um programa de edição de imagens bastante poderoso, considerado por muitos um verdadeiro concorrente do famoso Adobe Photoshop.

Todos os três programas são softwares livres, e como tão respeitam as regras das quatro liberdades. Todos possuem versão para os três principais sistemas operacionais: Linux, Windows e Mac e estão disponíveis para download de graça na net.

Aprender a usá-los também não é complicado. Os três programas possuem bastante documentação, tutoriais e vídeo-aulas na internet, além de existirem diversas comunidades e fóruns que auxiliam novos usuários.

E no final, para distribuir ou imprimir seu trabalho, é só salvar seu arquivo em PDF (Inkscape e Scribus) ou JPG (GIMP).

Para saber mais sobre software livre clique aqui.

Para saber mais sobre o Inkscape clique aqui.

Para saber mais sobre o Scribus clique aqui.

Para saber mais sobre o GIMP clique aqui.

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Estudo de caso: Capa do livro Flora do Nordeste do Brasil

In criatividade, design, processo, teoria on 20/10/2010 by Bruno de Souza Leão

A proposta desse blog é, além de ser uma fonte de dicas que considero importantes, tratar dos processos de criação e os motivos que levam o criador a conformar sua criação daquele modo específico. Como não tenho poderes psíquicos para saber o que se passa na cabeça dos outros, terei que me contentar em tentar descrever com surgiu alguns de meus trabalhos e esperar que eles ajudem vocês.

Para essa tentativa inicial, escolhi a primeira capa que fiz logo que assumi meu cargo na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do livro Flora do Nordeste do Brasil segundo Piso e Marcgrave no Século XVII, com autoria de D. Bento José Pickel.

O autor, religioso nascido na Alemanha, emigrou para o Brasil onde participou desde o início da fundação e organização da “Escola Agrícola e Veterinária do Mosteiro de São Bento de Olinda”, núcleo que futuramente viria a se tornar a atual UFRPE. Nesta obra ele identifica e ordena taxonômicamente as plantas estudadas por Willem Piso e Georg Marcgrave, botânicos que vieram ao nordeste brasileiro na expedição de Maurício de Nassau.

O editor do livro, o professor Argus Vasconcelos de Almeida, trouxe uma sugestão de capa já montada, onde ele utilizava um “mosaico” de ilustrações botânicas, dos próprios Piso e Marcgrave,  ocupando toda a página, com o texto, em vermelho, sobre essas imagens.

Capa: Flora do Nordeste do Brasil

Senti logo que precisava organizar e hierarquizar as informações e as ilustrações, apesar de belas, não tinham muita resolução. Como solução, dividi a capa em duas áreas, utilizando as imagens lado a lado, formando uma barra horizontal de canto a canto da capa e, apesar de pequenas, ainda permitia uma boa visualização. Situei essa barra aproximadamente no centro ótico, próximo a base do terço superior da capa.

Abaixo da barra dos desenhos, ocupei o espaço com um verde escuro ‘chapado’, dispondo nele o título e outras informações da capa. Já na parte superior da barra, utilizei um padrão de barras em dois tons de amarelo, com o nome do autor em preto.

Fiz alguns testes utilizando uma ‘ imagem vetorizada’, de uma das ilustrações utilizadas na barra, alinhada com a margem direita e inferior da capa – a idéia era que ela funcionasse apenas uma marca d’água.

Capa: Flora do Nordeste do Brasil

Para os textos, escolhi uma fonte serifada – em versalete para os títulos e em caixa alta e baixa para as demais informações.

Por fim, descobri (lembrem-se que eu era recente no serviço) que nossos equipamentos tinha problemas com impressões chapadas (sim, o designer tem que pensar em tudo, até nas limitações do equipamento) e me sugeriram aplicar uma textura no verde chapado.

Digitalizei folhas, diretamente do scanner para criar essa textura e aplicar sobre o verde. Com aplicação da textura, decidi tirar a imagem vetorizada, mas solicitaram que ela retornasse, ficando a capa final assim:

Capa: Flora do Nordeste do Brasil

A proposta era que a capa fosse moderna, mas ao mesmo tempo séria, sóbria, como é o conteúdo do livro, e clássica.

Que acham? Consegui os objetivos?

Qual seria sua opção?

O livro está disponível, integralmente em formato PDF para download gratuito , no site da UFRPE, e você pode baixá-lo aqui.

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Sete dicas para criar e manter um pequeno jornal

In design on 29/09/2010 by Bruno de Souza Leão Marcado: , ,

Não é raro que empresas e instituições publiquem informativos internos ou  pequeno jornais voltados para seus clientes. Mais comum ainda é que a diagramação desses impressos fiquem a cargo de apenas um designer ou, eventualmente, de algum funcionário com pouca ou nenhuma formação na área. Pensando nesses casos, reunir aqui algumas dicas que podem ajudar a facilitar o serviço desse solitário trabalho:

1 – Planejamento é a chave
Planeje e defina os limites do projeto desde o início. Defina previamente sua grade estrutural (grid), os elementos gráficos que irá utilizar, as fontes, os estilos etc. Defina e siga adiante – não adianta refazer o trabalho indefinidamente e não conseguir concluí-lo

2 – Seja simples
Lidamos sempre com prazos apertados, então evite incluir desenhos e gráficos complexos no seu projeto. Recortar fotografias?  Todo resto está pronto? Se a resposta for sim, então podemos nos dar a esse luxo.

3 – Evite a sopa de letrinhas
Da mesma forma que não podemos perder tempo com excesso de firulas nas imagens, não temos tempo de ficar escolhendo fontes (tipografias) diferentes. Um ou dois tipos usados com criatividade, alterando peso, tamanho ou cor são suficientes para um jornal, além de estabelecer uma identidade gráfica coerente na publicação.

4 – Seja econômico
Pequenos jornais tem orçamentos apertados e cliente não gosta de gastar mais do que o previsto. Seja criativo :  procure elementos de ilustração ou fotografias em banco de imagens que não onerem o serviço – por que não usar o scan de uma folha para ilustrar uma matéria sobre natureza?

5 – Crie uma rede
Seja amigos dos outros membros da equipe – jornalistas, reportes e editores – e evite discussões egocêntricas sobre seu trabalho. Seja flexível: o editor prefere que a manchete seja azul? Porque não? Procure amigos fora do jornal também, afinal, trabalhar só pode ser legal, mas perdemos o espelho do que estamos fazendo.é importante conhecer bons designers de outros jornais que podem te ajudar com dicas e opiniões sobre seu trabalho.

6 – Olhe para outras publicações
Olhe tudo que cair na sua mão: jornais, livros, revistas. Observe e analise o que é bom e que é ruim – e, principalmente, o porquê. Escolhas páginas bem feitas e olhe-as constantemente. Colecione boas publicações, se possível.

7 – Leia muito
Não é fácil fazer cursos de capacitação: se você é freelance (autônomo) não tem tempo porque precisa ganhar dinheiro pra pagar as contas, se trabalha em alguma pequena empresa ou jornal, os orçamentos apertados impedem o investimento em cursos e oficinas. A saída é ler muito sobre design: procure sites interessantes, visite bibliotecas que possuam acervo sobre o tema e compre, sempre que possível, bons livros sobre o assunto.

Esse post é baseado em um artigo escrito por Molly Hartle, Editora Assistente da Foster’s Sunday Citizen para o site newspagedesigner.com.  Infelizmente o site está fora do ar a mais de um ano, por isso a fonte não possui link. Tempos atrás, publiquei uma tradução livre dessas dicas no site do Scribus Brasil, onde você pode conferir  a versão tupiniquim do texto original.

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Pequenas considerações sobre formato: quadrado

In design on 21/09/2010 by Bruno de Souza Leão Marcado: , , , , , ,

Tenho percebido, cada vez mais, o uso de formatos quadrados, ou que tendem ao quadrado, em impressos – principalmente em livros e cartilhas. Considero esse formato muito interessante e desafiador em projetos gráficos, principalmente porque não é um formato fácil de harmonizar. É muito fácil cair na tentação de organizar, quando usamos o formato quadrado, os elementos equidistantes da margem, ou diagramar dentro de um grid também quadrado, tornando assim o projeto graficamente monótono.

Uma página retangular, mesmo que a “chata” A4 (21×29,7cm) é mais fácil de compor de forma interessante que o  excessivamente simétrico quadrado. Não é por acaso que a maioria dos quadros e painéis pintados ao longo dos séculos usam e abusam do retângulo e poucos são os quadros famosos com lados de tamanho iguais, sem falar que quase todas famosas regras de composição (regra do terço, composição triangular etc) priorizam o retângulo como base.

Mas, chegamos a questão, como ter uma composição, utilizando como base o quadrado e ainda assim ser interessante, harmônica e não cair na monotonia? Abaixo listo algumas dicas:

Evite a simetria: o quadrado já é excessivamente simétrico (imagem 1). Escolha uma área dentro do quadrado para sua composição que contraponha a simetria natural do formato (imagem 2).

layout simétrico layout assimétrico

Utilize grids de 2 ou mais colunas: o uso de mais de uma coluna, naturalmente já elimina parte da simetria e torna a diagramação mais dinâmica (imagem 3).

grid com 3 colunas

Use o retângulo áureo: Crie um grid baseado no retângulo áureo e o utilize dentro do quadrado. A margem que sobra pode ser utilizada para imagens, notas marginais e outros elementos gráficos (imagem 4).

layout com retângulo áureo

Use o triângulo para compor: crie um triangulo imaginário (imagem 5) na sua área de composição e faça com que áreas visuais importantes localizem-se em próximo a seus vértices (imagem 6).

composição com triângulo composição com triângulo final

E você? Tem mais alguma dica?